quinta-feira, 20 de junho de 2013


Olá pessoal, esse blog é um trabalho da faculdade da disciplina de História da Educação da UERJ-FEBF, realizado por alunas do curso de Pedagogia, com o objetivo de relatar e guardar várias memórias de profissionais da educação. Nesse blog teremos resultados de pesquisas, e não uma biografia, contando um pouco da historia de cada profissional e ao final teremos experências que servirão para nosso crescimento profissional.

Alunas: 


 
Conclusão do trabalho:
Com base em todas as histórias percebemos que desde crianças os entrevistados já sentiam interesse pela educação , analisamos que embora as histórias sejam diferentes umas das outras o papel da educação de transformar a vida de cada um foi único e tudo o que passaram serviu de forma de inspiração para que pudessem transformar a vida de outras pessoas o que nos ensinou muito pois fortalecemos a idéia do que é o papel fundamental de um educador .









Ruan de Godoi Leal da Costa, desde pequeno gostava de brincar de escolinha, ao contrário de mim que sempre odiei, eu gostava mesmo era de ver televisão. Começou a estudar perto de casa e levava sua irmã para a escola.
Ele fez o curso de formação de professor no Colégio Casimiro de Abreu onde nos conhecemos, pois eu cursei o meu 1º ano do ensino médio lá. Ruan fez um estágio e logo começou a trabalhar. Sua vida desde então ficou muito corrida!

Se formou e foi trabalhar em uma escola no Méier, e passou por uma fase muito difícil durante esse período. Ruan não se contentou só com o curso de professores, decidiu ir para uma faculdade se especializar em matemática, da mesma forma que eu não me contentei e estou cursando uma faculdade. 
Todos na vida se espelham em alguém e com Ruan não foi diferente, ele possuía uma admiração muito grande por alguns professores dentre ele o prof. José André é seu amigo pessoal até hoje, já na minha época escolar os professores que eu admirava eram Valéria Argemiro, Vanessa e Apolinário.
Alguns anos atrás Ruan e eu trabalhamos na mesma escola , no CEVIP. 

Hoje em dia Ruan passou em um concurso público longe de onde mora e trabalha no Colégio Santo Antonio.



Por: Karine Esteves










     Fernanda Couto, nascida em  10 de julho de 1968,  na cidade de Luanda (Angola/ África), atua na área da educação como, Pedagoga em administração escolar e no magistério na modalidade da Educação Infantil. Sua vida escolar foi dividida em três países, África, Portugal  e Brasil.
      Em Luanda na África, ela começa estudando em casa com sua mãe,na  hora em que ela ensinava deveres para sua irmã mais velha. Sua primeira experiência com a escola foi aos 6 anos, 1° série, Escola Santo Antônio em LUANDA , 1974, na rede pública. Ela comenta que Luanda não é uma cidade com safáris, como nós vimos em livros, e sim uma cidade normal, no qual ela tem excelentes memórias, e diz que sua infância foi com muitas brincadeiras e que era uma aluna muito arteira e competitiva.  Ela se recorda da escola, que era tradicional, com professores presentes e que cobravam bastante dos alunos, e eles utilizavam   a palmatória, como forma de castigar, e ela muita das vezes por não ter um comportamento adequado, apanhava  da mesma, algo que nunca aconteceu comigo na escola. As professoras eram centralizadas, severas, mais atenta a cada um, passavam muitos deveres e cópias   e os pais apoiavam a disciplina das professoras e inclusive o uso da palmatória, no qual ela diz que não tem sequelas nenhuma  por parte disso.
      Em 1975, começa a  Guerra da Independência da Angola, no qual a violência era cruel contra as pessoas de cor branca, como ela, filha de portugueses,e assim eles viviam com medo da morte.Ela relata um dia em sua escola, na sala de aula, todos escutaram um barulho de caminhão, e por estudarem no segundo andar conseguiram ver o caminhão, quando olharam, ela diz, que viu uma das piores imagens de sua vida, corpos mutilados e membros soltos. A professora tentou os convencer de que não havia ocorrido nada, mas   a situação já havia sido vista por todos na sala.
      Houveram mudanças do bairro aonde ela morava com sua família, para um prédio no centro da cidade de Luanda, pois a violência estava muito mais próxima deles e morar em prédios era mais seguro contra invasões e assim tentariam a saída do país, no qual naquele momento era muito difícil, pois eram muitas pessoas tentando ir embora e as companhias aéreas, mandavam poucos aviões com receio de acontecer algo.


                                                  ( Fernanda Couto em Luanda /África 1975)



 Conseguindo sair da África, em setembro de 1975, ela e sua irmã foram para Portugal, para casa dos avós, e seus pais vieram para o Brasil refazer a vida, em busca de emprego e moradia.. Uma nova escola , Liceu Alexandre Herculano em Portugal, para a conclusão de sua primeira série, que  tinha o mesmo perfil da escola de Luanda, pois a cultura de Luanda era européia, e assim os padrões eram os mesmos. Em Portugal só apanhou uma vez de Palmatória, pois conversava bem menos na sala de aula.
   Em janeiro de 1976, ela se muda para um novo País, o Brasil, e assim uma nova instituição,  a Escola Municipal Jean Mermoz , situada no Bairro Cachambi ( Rio de Janeiro), 2° série  com 8 anos incompletos. Uma professora que se recorda com  muito carinho, foi a professora Dulce, uma educadora meiga, dedicada, e muito amiga... pois ela era uma criança de uma outra cultura, com vocabulário e sotaque diferente, e essa professora soube controlar a turma e inseri-la de forma positiva na turma. Havia dificuldades com os conteúdos de História, pois os professores ministravam as aulas de uma forma muito tradicional,





                                           ( Escola Municipal Jean Mermoz 1976/ Turma 202)





  
                                          ( Escola Municipal Jean Mermoz 1977/Turma 302)





                                       ( Fernanda Couto, na Escola Municipal Jean Mermoz/1977)




    Em 1979 ela continua na mesma escola, no ensino fundamental , segundo segmento, 5°série, 11 anos incompletos, e a disciplina de História que não era uma das suas preferidas, havia tido uma mudança , pois uma nova professora Chamada Leni, tinha uma outra visão para ministrar suas aulas, era dinâmica e os fazia vivenciar os fatos passados e ela foi uma inspiração para Fernanda,  e  teve uma nova visão de educadora. E assim foi a melhor aluna tirando ótimas notas. Tive  uma professora de História também que me inspirou muito, Denise Ramos, uma professora do meu 2° ano do curso normal, que nos fazia pensar e ver o passado de uma forma nunca visto antes.
   Através de atividades escolares, como jogos esportivos, faziam a aluna Fernanda Couto, a  gostar de frequentar mais as aulas.Muitos amigos, muito comunicativa, bagunceira e frequentava muito a direção da escola, por conta de fugir da escola. Liderança e inciativa eram seus pontos fortes. Após uns dez anos, a escola não era mesma, a direção havia mudado e seus professores também e o sistema público  teve uma  queda em sua qualidade de ensino, mais para ela todos os momentos nessa escola foram inesquecíveis.
   No ensino médio, no Instituto de Educação do Rio de Janeiro,( IERJ) Tijuca, com seus 15 anos incompletos, escolheu optar pela modalidade normal, que era uma vontade desde pequena,apesar da família ser contra por conta da baixa remuneração, ela acreditava em sua vocação, e a seguiu com muita dedicação. A instituição era séria, comprometida com a qualidade e os professores exigentes. A mudança mais significativa em seu curso, foi a sua forma de liderar, pois muitas vezes não respeitava as opiniões alheias, porque para ela, valia muito mais a nota do que a opinião do grupo. Com 16 anos, houve uma mudança pois viu que perderia muitas amizades com essa atitude.






                                                   ( Instituto de Educação do Rio de Janeiro)





                                              ( Formatura do Ensino Médio/ Normal )





         A continuidade dos estudos era um grande objetivo, para a professora Fernanda Couto, casada em 1987, houve um receio da família, pois o ingresso na faculdade, poderia atrapalha-la em suas tarefas domésticas. Em 1988 iniciou sua faculdade, na rede privada de ensino, na Faculdade de Souza Marques, situada em Cascadura ( Rio de Janeiro).
       No inicio, foi uma questão de adaptação, pois ela trabalhava na Zona Sul, e morava na Zona Norte, então perdia muito tempo no trânsito e assim chegava atrasada nas aulas, contando com a compreensão dos professores, esses que já estavam desgastados da profissão, e alguns ansiosos  para transmitir seus conhecimentos. E os alunos agora se tratavam de adultos, que trabalhavam, casados e atarefados. Algumas dificuldades foram encontradas  nas disciplinas de estatística , pois o curso normal não havia lhe dado muita base, e assim tornando a disciplina mais trabalhosa. Seu público almejado era até 5° ano do  ensino fundamental, seu estágio ocorreu numa escola pública  no turno da noite, aonde viu que a realidade da escola pública para a particular era muito diferente.
       A habilitação foi orientada por uma pessoa mais velha, com grande sabedoria no qual a questionou sobre o topo da profissão, e a resposta foi a função de diretora, e assim partiu para a parte mais difícil, no qual precisaria de muitas habilidades e seguiu a orientação.Coincidentemente, fui questionada várias vezes sobre qual seria a minha habilitação, e eu ainda confusa para definir o que eu queria, fui orientada pela diretora Fernanda Couto a começar pelo alto. Sua monografia teve o assunto sobre a Emergência da Liderança na Educação, algumas dificuldades encontradas nas seleções de bibliografias e o tempo para a realização da redação.
           Seu primeiro emprego foi por indicação, pois as dificuldades para ingressar no mercado de trabalho sendo uma recém formada era muito mais complicada. Colégio Canarinho Camaiore, localizada no Leblon , no ano de 1986, com 17 anos,  a sua primeira turma, foi  a classe de alfabetização com vinte e cinco alunos, e era  considerada a turma com maior dificuldade. A sua vaga seria para outra pessoa, segundo a coordenadora pedagógica  da escola, pois teria que haver experiência, algo q ela não tinha, pois ela não acreditava em jovens com grandes potenciais. Com tudo isso, a professora Fernanda criou muitas barreiras em relação a ela, hoje vendo que poderia ter aprendido muito com ela, pela profissional que era.
         A primeira escola em que lecionou, foi logo após o seu curso normal, então ela foi aplicando  as aprendizagens que teve, com sua turma, pois a escola tinha uma ótima reputação,  tradicional  e era para elite. Os professores não podiam manter muito contato com os pais, os incentivos eram avaliados pelos coordenadores, material escolar vasto, porém muito controlado...  Em vários momentos, ela chorava, pois havia insegurança, medo de não dá certo, mais isso foi a fortalecendo, e a dedicação foi aumentando, e os resultados foram excelentes e nessa escola ela passou durante três anos.
     






     

  ( Fernanda Couto, com sua primeira turma no Colégio Canarinho Camaiore em 1986. )






 Houveram outros empregos, como a Escola Ativa em 1989, que foram apenas quatro meses de trabalho, era uma escola acessível, apesar do alto poder aquisitivo dos pais, usava o método Montessoriano, e a escola estava se numa fase de reestrutura , e não me identifiquei com a instituição assim não permanecendo por muito tempo.
      Fundação Getúlio Vargas ( FGV),  Botafogo, no ano de 1989, CURSANDO seu 2°ano na faculdade,  um trabalho temporário na área de Recursos Humanos, com uma carga horária reduzida. Trabalhando e estudando na FGV no Cursos de Curta Duração de Administração de empresas( CADEMP), focando em áreas de treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho e remuneração.Houve uma identificação com  a   de recursos humanos, pois, planejar as necessidades de treinamentos foram interessantes a ela. No dia 05 de de janeiro de 1990, recusando a efetivação do FGV, pois tinha sido aprovada no processo seletivo do SESI- RJ, para a função técnica de Recursos Humanos.
      Em Fevereiro de 1990, A empresa estava numa reestrutura de seu Plano de Cargos e Salários, para tal a formação pedagógica que ela já tinha ouve uma excelente desenvoltura, e assim ela  aprendia mais sobre Recursos Humanos ( RH), entrevistas,  levantamentos de tarefas, enquadramento e outras atividades inerentes ao ramo. Houve uma grande aprendizagem, crescimento profissional,  e sua permanência  foi até 1999, aonde a vontade de estar na sala de aula, era maior e assim partiu para um sonho que tanto almejava.
        Em 16 de Junho de 1999, foi a abertura da escola, Jardim Escola Carneirinho de Ouro, com direção de Fernanda Couto, como tudo era novo, foi um processo de muitas incertezas, dúvidas, pois ser pedagoga era muito diferente de ser diretora na prática. A base do Recursos Humanos a auxiliou, mas havia muito mais para se preparar, as pessoas por exemplo. Um sonho estava se concretizando, mais treinar adultos, era completamente diferente do universo infantil.Vários profissionais experientes, ofereceram ajuda, mais o tempo não a fazia usufruir de toda a aprendizagem oferecida. Então, a maioria delas, foram aprendidas na prática, ela diz que muita das situações, foram facilitadas pela leitura constante. Teoria x Prática: Os conceitos não são absolutos , nem todas as regras podem ser aplicadas a todos os tipos de pessoas, nem todos entendem a diferença de ser e estar.
As escolas mudaram, os professores, os pais, os métodos, as gerações... A criação da creche no mesmo local, veio pela necessidade do bairro de cuidar e educar. No começo houve medo, insegurança e incerteza...Ela se baseia na metodologia, Sócio construtivista e sempre atualizada, participando de palestras, e no seu percurso acadêmico investiu em cursos de aprimoramento e hoje, cursando uma pós- graduação em Orientação Educacional e Pedagógica, na A V M Cândido Mendes, aonde a concilia com sua Creche e Escola na fase da Educação Infantil, Atua como professora desde de 1985 e como pedagoga, desde de 1990, são vinte e sete anos de carreira e de grandes memórias e conquistas.

     Aprendi com sua história, que mesmo com as dificuldades, devemos ser fortes e sempre lutar pelos nossos objetivos, mesmo nos momentos difíceis ela soube superar os obstáculos com muita determinação.          Escutamos sempre a parte ruim da profissão, mas aprendo todos os dias que podemos fazer a diferença dentro de uma sala de aula, em uma escola e até dentro de uma cidade, estado e quem sabe um país!
    Fernanda Couto, obrigada por contribuir com sua história em nosso blog!

Por Sabrina Ferreira da Costa.

quarta-feira, 19 de junho de 2013




        






 Em entrevista com a professora e pedagoga Ângela de Oliveira, a mesma relatou que começou a estudar com 12 anos, na Escola Municipal Expedicionário Aquino de Araújo, localizada em Duque de Caxias, no ano 1992. O inicio dos estudos tardio, se deve ao fato de que naquela época as vagas eram adquiridas através de longas filas na frente das escolas, sua mãe depois de várias tentativas só conseguiu uma vaga no ano citado acima, com ajuda de uma vizinha. Ao começar a estudar na 1ª série, foi transferida  após 12 dias para a 2ª, porque sua mãe sempre tentou auxiliá-la em sua alfabetização e matriculou-a em várias explicadoras no tempo em que esteve sem estudar em uma escola regular. Este fato tem semelhança com o meu ingresso na escola, pois também fui adiantada para a 1ª série pois fui alfabetizada em casa.
           Ângela também relatou que sofreu preconceitos por parte de sua primeira professora por causa de sua idade avançada, sendo acusada de estar naquela série como se a culpa fosse dela. Apesar desse tipo de preconceito e dificuldades de assimilar alguns conteúdos matemáticos, não repetiu nenhuma série e conseguiu acompanhar a turma. Lembrou-se também que ficou alguns meses sem aula devido a greve de professores, que tinham como objetivo adquirir aumento salarial, este fato se repetiu durante a minha trajetória no curso normal, pois não tive aulas durante alguns períodos pelo o mesmo motivo.  Durante o Ensino Fundamental, também estudou na escola Evangelina Porto da Motta.
           E no Ensino Médio cursou a formação de professores no Colégio Casimiro de Abreu durante um tempo e terminou no Instituto de Educação Roberto Silveira, neste período o livro "Você finge que ensina e eu finjo que aprendo", marcou sua trajetória pois relatava experiência de alunos e professores dentro de sala de aula. Sua maior influencia na escolha da sua profissão, foi uma professora que era sua vizinha e amiga de sua família, que se dedicava ao ofício de lecionar. Assim como eu, relatou que os estágios realizados durante o Ensino Médio, foram de extrema importância e são constantemente lembrados na hora de reger uma turma.
           Cursou o Ensino Superior na Unigranrio até o ano de 2012, esse período foi importante pois adquiriu novos conceitos sobre assuntos já vivenciados durante sua trajetória escolar. Atualmente, leciona no mesmo lugar onde está a 7 anos, com vasta experiência  em alfabetização, fazendo uma contradição positiva com a sua própria história.
           Enfim, sua história é incentivadora e remete a uma reflexão de que mesmo diante de obstáculos, todos podemos perseverar e escrever a nossa própria história.

 (Histórico Escolar)


 (Diploma de Conclusão de Curso Normal)

Por: Laís Costa de França






         Maria das Dôres Oliveira Borges, nasceu na Paraíba, em 27 de Abril de 1953. Iniciou seus estudos, em uma escola na cidade pequena onde residia, e sempre se interessou nas atividades culturais, e artísticas que eram exercidas em sua instituição de ensino, e Maria das Dôres destaca que em sua época escolar, essas atividades eram bem interessantes e diversificadas, mesmo com a pouco infra-estrutura, a escola ensinava ao seus alunos, músicas, poesias, trabalhos, manuais, descobrindo assim desde pequena seu gosto, para lhe dar com Artes e suas derivações. 
      No ano de 2001, reiniciou seus estudos, já no Rio de Janeiro, que estavam paralisados devido a mudança de cidade. Maria das Dores, juntamente com sua família, veio morar aqui, em busca de uma melhora de vida  e as pelas  necessidades de oportunidades de  trabalho, e aqui está o ponto chave, pelo qual escolhi a mesma para contar um pouco de sua história, minha sogra Maria das Dôres, ou Madô, como gosta de ser chamada, retomou os estudos, por iniciativa própria, mesmo já estando casada, com filhos, o que poderia ser uma dificuldade para algumas pessoas, enquanto para ela, não causou nenhum empecilho. Começou a estudar sozinha, em casa, pelo sistema de módulos, para concluir o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, pelo sistema EJA de ensino. A princípio seus objetivos estavam alcançados pois seus estudos estavam concluídos, porém nesse tempo, encontrou um professor, cujo a participação na escolha por uma graduação foi muito importante, esse professor incentivou que Madô ingressasse em uma Universidade, para aprofundar seus conhecimentos, sobre algo que sempre gostou. E assim na metade do ano de 2005, Madô  prestou vestibular para a Universidade Unigranrio, e iniciou os estudos no curso de Artes Visuais, sua formação consiste em Artes Visuais, fotografias, artes em computador, como a licenciatura para dar aula na matéria de Artes. 


( Turma de Artes Visuais )
( Formatura )

Diploma





                         Seguem abaixo algumas fotografias de obras produzidas por Madô :



( Escultura em Sabonete )



( Mesa em Mosaico)



( Modelo de Porta-Retrato) 






Após, o término de sua graduação, Madô se interessou pela vida docente, e resolveu prestar concurso público,  para dar aula na rede pública de ensino, e obteve sucesso, e assim iniciou sua vida docente, dando aulas no Ciep 400, Osvald de Andrade, na matéria de Artes. Maria enfatiza  sua insatisfação com a forma em que essa matéria é ensinada, e tratada nas grades escolares. Seu principal objetivo é lutar que a matéria de Artes seja tão importante como outras matérias, mais reconhecida, e que haja infra estrutura, para que se trabalhe as diferentes ramificações de Artes, seu projeto, é que nas escolas, os alunos possam ter o direito de optar, sobre qual parte de Artes  preferem se aprofundar, com oficinas de Danças, Teatro, Músicas, Artes Plásticas. Atualmente encontra-se afastada de suas funções, devido as duras realidades que se deparou, como remunerações baixas, pouca estrutura nas escolas para se trabalhar seus objetivos. 

 Algumas fotografias tiradas por Madô, uma de suas especializações: 










Enfim, sua história é bonita e inspiradora, e traz a mim reflexões, e inspirações, mesmo com muitos fatores que poderiam impedi-la, a mesma não desistiu, concluiu seus estudos, e não parou mais. Hoje cursa, Formação de Professores no Instituto Martins Luther King  para se aperfeiçoar ainda mais na área do ensino, nossas histórias se encontram, se parecem, devido a força de vontade, e sua dedicação para lhe dar com aquilo que se compromete a fazer, características que pra mim são fundamentais, para um verdadeiro educador. 

Por : Ariane Cristina de Queiroz Antunes












terça-feira, 18 de junho de 2013





(Formatura UERJ - PEDAGOGIA - 1989)

Fernando Baptista de Souza ,49 anos, nascido em Duque de Caxias , Pedagogo formado pela UERJ foi escolhido por mim não só por ser meu pai , mas também por ter sido sempre uma grande inspiração na minha vida.
Fernando , começou sua vida escolar na Escola Municipal Leopoldo Machado(Duque de Caxias) passando pelas escolas: São Cosme e Damião (Duque de Caxias), São Francisco Xavier (Duque de Caxias), Instituto Adventista Caxiense (Duque de Caxias),Colégio Adventista de Santos (Santos - SP) e Associação Fluminense de Educação – AFE (Duque de caxias).
(Instituto Adventista Caxiense - Na banda da escola 25/08/1974)

(Colégio Adventista de Santos)
(Santos - SP)


Antes de ingressar no ensino médio na AFE , Fernando passou na prova da tão concorrida CEFET ,porém, não seguiu adiante devido a morte de seu pai.
Desde pequeno , a educação nunca foi muito interessante pra ele, ele conseguiu ler as primeiras frases já com 7 anos de idade.
Ao crescer , se interessou por música e criou sua própria equipe de som e com apenas 15 anos começou a trabalhar como DJ , e teve bastante fama nessa profissão , trabalhando nas casas noturnas mais famosas de Duque de Caxias.
Ao término do seu ensino médio técnico em contabilidade , Fernando deixou essa área de lado e com a aprovação no vestibular, ingressou na UERJ no curso de Pedagogia quando o campus da FEBF ainda se localizava no Instituto de Educação Roberto Silveira.
Fernando diz que a escolha pela área foi muito influenciada por parentes, pois ,a maioria na família é Professor ou Professora .
Ao final de seu estágio deu aula durante um ano de Filosofia e Didática no Instituto São João de Meriti.
Após sair da escola ,ele não se interessou mais por dar aula e quis usar a sua formação em Pedagogia na área empresarial e no seu dia a dia.
Ele sempre me ajudou e me ensinou muita coisa , na escola , no dia a dia ele sempre utilizou os ensinamentos da faculdade.
Hoje ele é dono e fundador de uma página no facebook que abre portas para a cultura do nosso município:
Duque de Caxias Que Passou ... lá podemos encontrar um gigante acervo da historia do nosso município, e uma grande conquista dele foi ter conseguido a parceria cultural com o Instituto Histórico de Duque de Caxias.
Agradeço muito a ele hoje, pois, foi graças a sua inspiração eu deixei a minha faculdade de direito , e fiz o vestibular para pedagogia e por coincidência passei com a mesma classificação dele 41º.
Ele me ensinou desde pequena que devemos fazer o que gostamos, não importa se a profissão e valorizada, ou não ou se ganha dinheiro ,ou não.

Eu fiz a minha escolha e pretendo ser igual a ele, transformar tudo e todos utilizando a educação ,que é a ferramenta mais importante para um futuro melhor.

Por : Laíza Baptista






Daniel Tavares da silva , 22 anos nascido e criado no Rio de Janeiro , seu pai  diretor  e sua mãe enfermeira , O primeiro colégio onde estudou foi o esplendor concluiu o ensino médio no CPMI , se formou em ed. Física na faculdade  Gama filho (2008 - 2012 ) ,Onde atualmente cursa Física .

Desde criança sempre se sentiu fascinado por educação escolar , cresceu vendo sua família construindo duas escolas , Seu pai e seus tios educadores fundaram o colégio Esplendor e CPMI , A vida acadêmica faz parte da sua vida desde sua infância,Quando adolescente auxiliava sua família  na construção do Colégio ,Aos 18 anos começou a trabalhar na instituição com a parte administrativa .
Optou por se formar em Ed. física ,pois  o esporte o interessava ,adora assuntos que envolvam academia.Porém me interessou o fato de o entrevistado ter optado por Física,Já que são disciplinas totalmente distintas  não concordam? Então ,ele me explicou que na escola onde dá aula ( Colégio Esplendor ), estava precisando de um professor de física, desta forma ele  se sentiu interessado a ingressar na faculdade ,está no 3° período e descobriu uma nova paixão .
Houve algumas dificuldades em sua trajetória escolar ,por ser muito visado ,filho do diretor,seus tios professores,ele se recorda de ouvir muitas histórias envolvendo sua conduta na escola,Em alguns momentos pensou em desistir, muitas pessoas o questionavam o porque a faculdade de Ed .física,chegaram ate a zombar dele ,diziam que essa disciplina era pra quem não possuía outra escolha, Seu pai sempre lhe deu força e nunca o deixou desistir .
Por se tratar de um colégio "família", o entrevistado acha mais fácil conduzir as sua aulas já que a maioria dos alunos estão lá desde o 6° ano ,existe uma intimidade obvio que com um profissionalismo ,ele divide sua aula em duas  partes a teórica e Pratica (Método PRAXIS).
Percebo muitos pontos em comum entre eu e Daniel  um deles é a paixão por  crianças e ajudar a família sempre que preciso isso é algo essencial e extremamente importante, me formei na mesma escola em que o Daniel, e o diretor administrativo  (Lucio Gomes da Silva) e o diretor pedagógico (Aloizio F. de  Araujo )  também serviram de grande inspirações para que eu optasse por pedagogia, a forma como organizam a escola e tratam  os alunos me  fascinava.

Daniel se sente realizado , Pretende começar a sua POS em preparação física e assumir a gestão escolar ,mas ainda a sonhos a serem colocados em prática como o mestrado e concursos públicos.

(Formatura da Faculdade)
(Com os pais na recepção da formatura)
(Lecionando)

Por: Thaíná Gagliano





sexta-feira, 14 de junho de 2013









Escolhi a Tia Betinha (assim chamada por todos onde residi) por admirar e respeitar sua trajetória educacional e por sua luta para proporcionar as crianças de nossa localidade uma alfabetização de qualidade e acessível.
Nascida em 10/02/1957 no estado de Pernambuco, Clarice Elizabeth Silva de Souza, veio para o Rio de Janeiro aos cinco anos com sua família em busca de uma vida melhor.
         


Sua primeira experiência educacional foi em uma escola de fundo de quintal, onde ela relata ter vivido uma experiência traumática. Onde dona Augusta (a professora) recepcionava os alunos suja e descabelada, e não tinha uma relação amigável com seus alunos. Os agrediam fisicamente ( beliscões, tapas e palmatórias) e os castigavam (ficar de joelhos no caroço de milho) quando não faziam ou acertavam as lições, pediam pra usar o banheiro fora do horário do recreio ou se fizesse algo que não fosse do seu agrado. Diz que a hora de ir pra escola era a pior hora para ela, que chorava e implorava a mãe para não ter que ir para a escola, pois, não tinha o menor prazer em ir aquela escola. Relata ainda ter fugido da dita escola por ter sido posta de castigo de joelhos no milho porque pediu pra ir ao banheiro antes da hora do recreio e por esse motivo urinou na roupa. Constrangida fugiu e não quis mais voltar a essa escola.
Quando entrou em uma escola regular (Escola Supletiva Anexa ao Grupo Escolar Guadalajara) teve muita dificuldade para se relacionar com os professores, pois ainda tinha o trauma da antiga professora  Augusta, e para aprender a ler e escrever. Repetiu várias vezes e quando passava era com notas muito baixas. Até que com 12 anos conheceu a professora Delza, que mudou totalmente sua visão sobre professor. Que até então era que professor era igual a bicho papão. E com muito carinho e paciência a Professora Delza conquistou sua confiança e seu afeto, fazendo com que Clarice aprendesse a ler, a escrever, e fez melhor, fez com que Clarice se apaixonasse pela profissão e um dia viesse a se tornar a Tia Betinha. Concluiu o ensino primário com 15 anos.




Em 1973 ingressou em um supletivo para concluir o antigo ginásio no Centro Educacional Metropolitano, de onde saiu com o diploma e a habilitação em auxiliar de contabilidade. Mais seu sonho era o magistério. Foi então que com muita dificuldade, pois não era comum que mulheres estudassem tanto nessa época, no máximo até o ginásio, adentrou no atual ensino médio para o curso de Formação de Professor de 1° a 4° série do 1°grau no Centro Educacional Guararapes, onde concluiu seus estudos e se formou professora. E na sua formatura pediu a seu Tio um anel de formatura igual o de sua professora Delza, pois tinha dito a ela que quando se formasse teria um anel igual ao dela, e guardou a imagem do anel na memoria.



Uma vez formada teve seu primeiro emprego no Instituto Stela (1979) onde trabalhou por cinco anos. Diz que por muitas vezes tirou do próprio pagamento para comprar peças do uniforme para os alunos, pois a diretora não permitia que estes estudassem se o uniforme não estivesse completo. Havendo mês que ficava sem dinheiro para as próprias despesas pessoais.
   
Para cuidar das filhas, Tia Betinha, ficou treze anos afastada do mercado de trabalho. Quando retornou foi trabalhar no Construlimp,  uma associação que trabalha com menores abandonados recolhidos das ruas e com menores infratores, como educadora social. Diz ter sido um trabalho muito árduo e sofrido, pois via que aquelas crianças não tinham nenhuma perspectiva no futuro. A grande maioria não queria se reintegrar a sociedade, fugiam e voltavam para o submundo dos vícios.
Em 1998 sua filha caçula com nove anos é diagnosticada com uma síndrome rara a Síndrome de West (uma forma de eplepsia que causa um atraso psicomotor). Para poder cuidar da filha e para que esta tivesse contato com outras crianças montou uma escolinha em seu quintal. E foi com esse contato com outras crianças que Glauciane (filha especial de Tia Betinha) falou suas primeiras palavras.
   

Tia Betinha alfabetizou grande parte das crianças nascidas na década de 90 aqui da rua onde moramos, incluindo meus dois irmãos . Tentou regularizar a escolinha, mais diante tanta burocracia não conseguiu.
       
Buscou instituições públicas e privadas que trabalhasse com a tão famosa “educação inclusiva”, para poder matricular sua filha especial, sem sucesso. Nenhuma escola aceitava o tipo de deficiência que sua filha tinha.
E foi por esse motivo que decidiu, depois de 26 anos, que concluiu o ensino médio decidiu fazer uma faculdade de pedagogia, para tentar ajudar a filha. Mais nem nesta instituição encontrou respostas as suas questões. Seus professores diziam que ela estava levantando uma bandeira que nem eles saberiam como sustentar, porque não  tinham estratégia para lidar com dita síndrome. Percebeu então que seus esforços não adiantariam e desistiu de coloca-la em uma escola.
Concluiu com muita dificuldade a faculdade porque nos últimos anos o estado de saúde de sua filha se agravou e ela ficou internada durante um ano. Dividindo seu tempo entre o trabalho, a faculdade, o hospital e a família. Tia Betinha pode contar sempre com o apoio, a compreensão e o afeto de seu marido que tanto a incentivou a não desistir dos seus sonhos.
   
Assim como ela, desejo concluir meus estudos voltando-me para uma educação inclusiva. Onde todas as crianças , tenha ela uma deficiência ou não, tenha uma educação de qualidade e sem discriminação.
Dois anos apos sua formatura na faculdade Tia Betinha perde Glauciane. Mais esse acontecimento só faz crescer seu amor em ensinar.
Clarice Elisabeth dá aula pro ensino fundamental no Colégio Meu Futuro desde 2005,e ainda tem o sonho de construir sua própria escola, pelo simples fato de amar ensinar.
“A educação é amor, se não tiver amor você não será um educador.”
“Se você visa ficar rico na educação, você não vai ficar.”
       
Por: Ana Paula Esteves